George Freire, o criador das trilhas sonoras que fazem sucesso no teatro

10.2.14



Se a vida é limitada - "a gente acorda, vai pro escritório, volta e tudo" -, é na música que o produtor musical e cenógrafo George Freire encontra prazer. "A música pra mim representa uma janela pra um universo. É uma coisa que não tem fim."

Ele poderia ter sido artista plástico - iniciou a formação na FAAP, no começo da carreira. Mas virou músico, tocando em barzinhos à noite. E hoje divide-se entre criar trilha sonora para espetáculos e cenografias de festas e eventos corporativos. A seu ver, os caminhos e os ofícios não passam de uma questão matemática.




"Existe um paralelo muito forte entre a música e a cenografia. 
Ambas tem a ver com encaixe, proporção. São uma questão matemática."

Paulo Autran, Irene Ravache, Regina Braga, Raul Cortez são alguns dos grandes nomes da dramaturgia nacional que subiram aos palcos ao som de suas produções musicais.

"Primeiro leio o texto com atenção. Depois converso com  direção do espetáculo para saber o que exatamente quer passar. A partir daí crio e vou adaptando o longo dos ensaios. O importante no meu trabalho é que o ator se sinta confortável em representar com a música em questão ao fundo", conta. 

De tanto acompanhar os ensaios, ele confessa que na estreia das peças não há a mesma surpresa do expectador que assiste pela primeira vez. "Mas tem a emoção que ver em pé aquilo que você construiu". 

Terceiro sinal. Apagam-se as luzes. Silêncio. Abrem-se as cortinas e, ao final, aplausos. O blog aplaude você e o seu trabalho, George Freire!