Se a vida é limitada -
"a gente acorda, vai pro escritório, volta e tudo" -, é na música que
o produtor musical e cenógrafo George Freire encontra prazer. "A
música pra mim representa uma janela pra um universo. É uma coisa que não tem
fim."
Ele poderia ter sido artista
plástico - iniciou a formação na FAAP, no começo da carreira. Mas virou músico,
tocando em barzinhos à noite. E hoje divide-se entre criar trilha sonora para
espetáculos e cenografias de festas e eventos corporativos. A seu ver, os caminhos e os
ofícios não passam de uma questão matemática.
"Existe um paralelo
muito forte entre a música e a cenografia.
Ambas tem a ver com encaixe,
proporção. São uma questão matemática."
Paulo Autran, Irene Ravache,
Regina Braga, Raul Cortez são alguns dos grandes nomes da dramaturgia nacional
que subiram aos palcos ao som de suas produções musicais.
"Primeiro leio o texto
com atenção. Depois converso com direção
do espetáculo para saber o que exatamente quer passar. A partir daí crio e vou
adaptando o longo dos ensaios. O importante no meu trabalho é que o ator se
sinta confortável em representar com a música em questão ao fundo", conta.
De tanto acompanhar os
ensaios, ele confessa que na estreia das peças não há a mesma surpresa do
expectador que assiste pela primeira vez. "Mas tem a emoção que ver em pé
aquilo que você construiu".
Terceiro sinal. Apagam-se as
luzes. Silêncio. Abrem-se as cortinas e, ao final, aplausos. O blog aplaude
você e o seu trabalho, George Freire!