Meu sócio e amigo Facundo Guerra é apaixonado pelas duas rodas e coleciona alguns modelos. Confira abaixo a seleção dele com cinco motos que fizeram história.
Vincent Black Shadow: inglesa, foi a primeira e talvez mais importante moto de velocidade, imortalizada por Hunter Thompson em seu livro "Medo e Delírio em Las Vegas". A Black Shadow era também apelidada carinhosamente de "Black Widow", ou viúva negra, porque não foram poucas as viúvas produzidas por aquele motor, que não tinha um sistema de freios à altura.
Triumph Bonneville: inglesa, original dos anos 1950, também foi imortalizada pelo cinema, com Marlon Brando em "O Selvagem da Motocicleta" e Steve MacQueen, fã ardoroso desta moto. É a precursora, do ponto de vista de design e ciclística, de todas as motos de cidade criadas depois dela. Considerada um clássico, é produzida até hoje.
Norton Dominator: Ernesto "Che" Guevara rodou a América do Sul inteira com ela, até que a mesma literalmente desmontasse debaixo de sua bunda. "La Poderosa", como era chamada carinhosamente pelo comandante, mostrou uma outra América a Guevara, até então um mimado jogador de rugby da elite cordobesa e aspirante a médico. O resultado dessa viagem, bem, isso é História, com agá maiúsculo.
Honda CB750 Four: a moto japonesa que literalmente enterrou mais de um século de tradição de marcas europeias no mundo. A CB750 era mais rápida, mais barata, de fácil manutenção e bonita. Quando apareceu nos anos 1970, marcas como Norton, Vincent e tantas outras desapareceram do mercado. Foi a moto que quase desapareceu com as hoje onipresentes Harley Davidson. Mas até hoje é possível vê-las por aí, fortes como tratores.
Vespa 125cc.: a Vespa representa um modo de vida e, antes de mais nada, uma cultura. Diferentemente de todo o marketing da indústria, que aposta na testosterona de seus potencias compradores, a Vespa representa para muitos uma alegria de viver e é associada a movimentos culturais importantes, como os britânicos mods. Altamente customizáveis e relativamente baratas, representam para muitos uma maneira mais simples e mais libertária de viver a vida.
