O crochê é um
vício. Quem afirma é o estilista Gustavo Silvestre, que ainda criança teve
despertado o interesse pelas agulhas e novelos, ao observar as avós
crochetando. Hoje, essa arte pra ele é uma forma de expressão. Além de
protagonista de suas coleções recentes.
"Conheci algumas
pessoas jovens que faziam crochê. Me conectei com elas e fui fazer uma aula. Me
apaixonei e não parei mais. Cada trabalho vem carregado de emoção. Você sente
que alguém dedicou um tempo da sua vida àquilo, que está no DNA da peça",
conta ele, que vive em São Paulo e é natural de Pernambuco.
Peça da coleção Verão 2015 do estilista
O estilista brinca que o seu
processo de criação do crochê é "freestyle". "Não tem receita.
Começa de um jeito e vai evoluindo. Às vezes um vestido de manga curta acaba
com manga comprida, punho e gola." Ele também defende um moda sustentável.
É conhecido pelo reaproveitamento de tecido com técnicas artesanais e combate
ao consumismo.
As pulseiras que desenvolve com crochê e
pedraria chamam a atenção
pelo trabalho minucioso e design
original
Suas peças vestem personalidades como Grazi Massafera, Isabeli Fontana, Chiara Gadaleta, Walério Araújo.E sua atuação já rendeu elogios de críticos do porte de Lilian
Pacce, uma das principais jornalistas de moda do país: "O trabalho de
Gustavo Silvestre está mais interessante do que nunca e mostra que existe
espaço pra moda que usa do artesanato, e acima de tudo existe mercado pra isso".