A questão do espaço é
recorrente nas imagens do fotógrafo Roberto Wagner. Um fusca na garagem. O verde da árvore trespassando
o muro cinza. Uma obra. "Me interessa a relação entre o homem e o espaço,
por considerá-la rica em significados", explica.
Sua relação com a fotografia
já passou por diversos momentos. Começou apenas como curiosidade, ainda
criança, quando o pai importava equipamentos e distribuía no Brasil, na década
de 1960. Na adolescência, a máquina fotográfica era sua companheira. Gostava de
fotografar, mas sem pretensão. Hoje, a fotografia serve de suporte para sua expressão
artística.
Entregar-se à sua paixão, a
fotografia, levou tempo. Nascido no Paraná e criado em São Paulo, Roberto
iniciou o curso de Administração na PUC-SP, mas não levou adiante. Também se
aventurou pelo empreendedorismo, como proprietário de uma academia de natação. Foi
em meados da década de 1990 que se assumiu como fotógrafo. "Profissional e
também na vida."
É um fotógrafo
multifacetado: faz arquitetura, moda, decoração, retrato. Colabora com
importantes revistas, como Select, Casa Vogue, Wish, Trip. Acredita estar em um
processo de transição de fotógrafo a artista. E suas palavras fazem sentido. Aos
poucos tem focado cada vez mais naquilo realmente quer para suas lentes: a
arte. Modesto, talvez ainda não tenha se dado conta do grande artista que é.
Suas imagens já renderam
duas exposições individuais: "O Real e o Imaginário", na Galeria
Fauna, em 2012, e na 4ª Mostra São Paulo de Fotografia. Além da participação em
diversas exposições, em locais como a Galeria Mezanino (SP), Galeria Vermelho
(SP) e Folly Galery (Inglaterra). Também fez parte da Coleção Pirelli/Masp de Arte Fotografia e foi
finalista do Prêmio Fundação Conrado Wessel de Arte 2012.
Abaixo, alguns de seus
cliques.






