De fotógrafo a artista

13.2.14






A questão do espaço é recorrente nas imagens do fotógrafo Roberto Wagner.   Um fusca na garagem. O verde da árvore trespassando o muro cinza. Uma obra. "Me interessa a relação entre o homem e o espaço, por considerá-la rica em significados", explica. 

Sua relação com a fotografia já passou por diversos momentos. Começou apenas como curiosidade, ainda criança, quando o pai importava equipamentos e distribuía no Brasil, na década de 1960. Na adolescência, a máquina fotográfica era sua companheira. Gostava de fotografar, mas sem pretensão. Hoje, a fotografia serve de suporte para sua expressão artística. 

Entregar-se à sua paixão, a fotografia, levou tempo. Nascido no Paraná e criado em São Paulo, Roberto iniciou o curso de Administração na PUC-SP, mas não levou adiante. Também se aventurou pelo empreendedorismo, como proprietário de uma academia de natação. Foi em meados da década de 1990 que se assumiu como fotógrafo. "Profissional e também na vida."

É um fotógrafo multifacetado: faz arquitetura, moda, decoração, retrato. Colabora com importantes revistas, como Select, Casa Vogue, Wish, Trip. Acredita estar em um processo de transição de fotógrafo a artista. E suas palavras fazem sentido. Aos poucos tem focado cada vez mais naquilo realmente quer para suas lentes: a arte. Modesto, talvez ainda não tenha se dado conta do grande artista que é. 

Suas imagens já renderam duas exposições individuais: "O Real e o Imaginário", na Galeria Fauna, em 2012, e na 4ª Mostra São Paulo de Fotografia. Além da participação em diversas exposições, em locais como a Galeria Mezanino (SP), Galeria Vermelho (SP) e Folly Galery (Inglaterra). Também fez parte da Coleção Pirelli/Masp de Arte Fotografia e foi finalista do Prêmio Fundação Conrado Wessel de Arte 2012. 

Abaixo, alguns de seus cliques.