Stephan Doitschinoff: entre o sagrado e o profano

9.1.14






O nome parece gringo, mas Stephan Doitschinoff é natural de São Paulo, onde iniciou a sua carreira! É um artista das ruas. Brutalidade, violência, corrupção e pobreza são alguns temas de suas obras. Assim como o sagrado, o profano, a religião, a morte e o tempo.
  
Stephan pertence a uma nova geração de artistas brasileiros que têm merecido especial atenção dentro do panorama da arte contemporânea internacional. Já expôs seus trabalhos em espaços de grande relevância, como MASP e Museu de Arte Contemporânea de San Diego – MCASD, e realizou exposições individuais em Londres, Nova York e São Paulo.

Artista revelação 2009 pela Associação Paulista de Críticos de Arte, o artista plástico apresenta em seu trabalho uma linguagem densamente referencial e codificada. E tem adquirido cada vez mais visibilidade e prestígio que seu trabalho tem adquirido junto à mídia, críticos e público, nacionais e internacionais.



Hoje, a obra de Stephan Doitschinoff desdobra-se em diferentes vertentes. Desde a intervenção em arte pública e instalações em contexto museológico até pinturas, vídeos e performances. O tom provocativo de seu trabalho é o uso de simbolismo cristão como uma espécie de meditação ou lembrete da temporalidade da vida. Uma metáfora para não somente a corrupção da carne, mas também de si mesmo e da sociedade.  



Seus templos são espaços para a reflexão do “novo homem” e do seu lugar num mundo povoado por velhas hegemonias. Mais do que referências religiosas, a pintura e as demais vertentes de suas obras ilustram narrativas de denúncia, renúncia e afirmação - e não somos todos tudo isso?