As imagens poéticas de Fred Evaristo

22.1.14






Quando criança, Fred Evaristo (31) via o pai, que é engenheiro, registrar todos os momentos fora de casa. A cada mês que passava com a família, ele viajava a trabalho ao Oriente Médio outros três. As imagens eram enviadas juntamente com as cartas, escritas individualmente para a mulher e cada um dos filhos. As fotos que tirava amenizavam um pouco da saudade. E de certo modo viraram sinônimo de presença paterna. Em pouco tempo, a câmera analógica passou de pai para filho, assim como a paixão pela arte de fotografar. "Ganhei-a quando tinha por volta dos oito anos de idade. Logo me transformei no fotógrafo da família", recorda.

Se não fosse fotógrafo, Fred brinca que seria bipolar. "Fotografia me acalma. Gosto de falar através de imagens. É a minha forma particular de expressão. " Ele cursou fotografia na Escola Panamericana de Artes. Mas o conhecimento da arte é anterior. Considera-se um autodidata. O curso, no entanto, trouxe a segurança necessária para que ele desenvolvesse sua técnica, começasse a produzir seus trabalhos autorais e a participar de concursos e eventos sociais.

Um de seus trabalhos preferidos é a série "A Luz que Não Vemos", com fotografias de São Paulo em infravermelho, que você confere abaixo. Apesar do ~aspecto glacial~, todas as fotos foram feitas em pleno verão. "Na fotografia em infravermelho, é preciso em média 30 segundos de exposição para cada clique. Ou seja, cada foto é uma surpresa", conta, entusiasmado.